As redes sociais em pauta
por Marcos Florentino e Leandro Marlon
|
O cordel de Raíze Souza Foto de Phelype Gonçalves |
Às 19h de ontem teve início o terceiro encontro da Comunicar!, com uma apresentação, em forma de cordel, da aluna Raize Souza, do 3º período de Comunicação Social. Rejane Moreira, professora do curso e mediadora da mesa de debates, deu as boas-vindas a todos e destacou a organização do evento, fazendo uso de duas expressões: “encantamento” e “engajamento”.
A editora de Mídias Sociais de O Globo, Nívia Carvalho, foi a primeira convidada a falar. De pé e explorando o datashow, abordou o tema “Como as redes sociais impactam o jornalismo”.
– As redes sociais mudaram a forma de fazer jornalismo. Temos agora um jornalismo mais democrático, inclusivo e diversificado – afirmou. – O público se aproxima da co-produção de conteúdo. Ele passa a trabalhar na mesma plataforma que o jornalista.
Após a explanação, a professora Sylvia Moretzohn, da Universidade Federal Fluminense (UFF), salientou a importância do caráter ágil da informação em tempos de redes sociais, fazendo algumas ressalvas. Com tom firme, mas bem-humorado, teceu críticas ao chamado “jornalismo cidadão”, classificando mesmo como falacioso o que acontece, muitas vezes, em ambiente virtual. Ressaltou, ainda, que o meio é complexo pela dificuldade da criação de uma credibilidade.
– O público é uma fonte, colabora, mas o que faz não é uma reportagem, isso compete ao jornalista. Podem ser pessoas interessadas em colaborar ou reproduzir o senso comum – sinalizou. – Também não há compromisso com a verdade. Há um nível de incerteza. Para o “nativo digital”, tudo pode ser ou pode não ser.
|
Nívia Carvalho, Rejane Moreira e Sylvia Moretzohn Foto de Phelype Gonçalves |
Estava, assim, estabelecido o debate. Com tensão amistosa, os vieses profissional e acadêmico foram percebidos e recebidos pelo público, que ratificou o interesse pela temática discutida, ao formular grande quantidade de perguntas.
Ao final, a professora Rejane Moreira advertiu que se deve pensar a questão da velocidade como uma relação de poder imposta, situação que gera uma falta de reflexão sobre os assuntos publicados.
E segue a Semana Acadêmica… no próximo encontro, teremos as presenças de Roseli Fígaro (ECA-USP) e Jupy Júnior (jornal O Foco – Itaguaí) para tratar do tema Ergologia do Jornalismo: O Jornalista como Trabalhador.
Venha para a Comunicar!